Powered by RND
PodcastsArteAudiolivros em português
Escucha Audiolivros em português en la aplicación
Escucha Audiolivros em português en la aplicación
(6 012)(250 108)
Favoritos
Despertador
Sleep timer

Audiolivros em português

Podcast Audiolivros em português
Neolivros
Audiolivros em português de obras no domínio público. Os primeiros episódios incluem o conto “O Tesouro“ e capítulos de “A Cidade e as Serras”, ambos da autoria...

Episodios disponibles

5 de 23
  • "Singularidades de uma Rapariga Loura", Capítulo II, de Eça de Queirós
    Capítulo II, em audiolivro, do conto "Singularidades de uma Rapariga Loura" de Eça de Queirós. Apoiem-nos no Patreon (https://www.patreon.com/neolivros) O conto "Singularidades de Uma Rapariga Loira", da autoria de Eça de Queirós, foi escrito em 1873 e publicado em 1901 num volume de contos do autor. O narrador conta-nos a história de Macário, um jovem guarda-livros que conhecera, já “velho de quase sessenta anos”, numa estalagem no Minho, e da sua relação amorosa com a jovem Luísa.
    --------  
    30:14
  • "Singularidades de uma Rapariga Loura", Capítulo I, de Eça de Queirós
    Capítulo I, em audiolivro, do conto "Singularidades de uma Rapariga Loura" de Eça de Queirós. Apoiem-nos no Patreon (https://www.patreon.com/neolivros) O conto "Singularidades de Uma Rapariga Loira", da autoria de Eça de Queirós, foi escrito em 1873 e publicado em 1901 num volume de contos do autor. O narrador conta-nos a história de Macário, um jovem guarda-livros que conhecera, já “velho de quase sessenta anos”, numa estalagem no Minho, e da sua relação amorosa com a jovem Luísa.
    --------  
    35:51
  • "A Cidade e as Serras", Capítulos XV e XVI, de Eça de Queirós
    Capítulos XV e XVI (último capítulo), em audiolivro, do romance “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós. Apoiem-nos no Patreon (https://www.patreon.com/neolivros) “A Cidade e as Serras” é um desenvolvimento do conto “Civilização”, cuja publicação em livro ocorreu em 1901, já depois da morte do autor. No romance é relatada a história de Jacinto, tendo como narrador José Fernandes, um amigo fraternal. Jacinto nasceu e viveu toda a sua vida num palácio dos Campos Elísios, em Paris. Apesar de rodeado de conhecimento, de tecnologia e de luxo, vive aborrecido e decide regressar a Tormes, na região do Douro. TRANSCRIÇÃO — XV E agora, entre roseiras que rebentam, e vinhas que se vindimam, já cinco anos passaram sobre Tormes e a Serra. O meu Príncipe já não é o último Jacinto, Jacinto ponto final — porque naquele solar que decaíra, correm agora, com soberba vida, uma gorda e vermelha Teresinha, minha afilhada, e um Jacintinho, senhor muito da minha amizade. É até monótono, pela perfeição da beleza moral, aquele homem tão pitoresco pela desinquietação filosófica e pelos pitorescos tormentos da fantasia insaciada. Quando ele agora, bom sabedor das coisas da lavoura, percorria comigo a quinta, em sólidas palestras agrícolas, prudentes e sem quimeras — eu quase lamentava esse outro Jacinto que colhia uma teoria em cada ramo de árvore e, riscando o ar com a bengala, planeava queijeiras de cristal e porcelana, para fabricar queijinhos que custariam cada um duzentos mil réis! Também a paternidade lhe despertara a responsabilidade. Jacinto possuía agora um caderno de contas, ainda pequeno, rabiscado a lápis, com folhas, e papeluchos soltos entremeados, mas onde as suas despesas, as suas rendas se alinhavam, como duas hostes disciplinadas. Visitara já as suas propriedades de Montemor, da Beira, a Avelã, e consertava, mobilava as velhas casas dessas propriedades para que os seus filhos, mais tarde, crescidos, encontrassem «ninhos feitos». Mas onde eu reconheci que definitivamente um perfeito e ditoso equilíbrio se estabelecera na alma do meu Príncipe, foi quando ele, já saído daquele primeiro e ardente fanatismo da Simplicidade — entreabriu a porta de Tormes à Civilização. Dois meses antes de nascer a Teresinha, uma tarde, entrou pela avenida de faias uma chiante e longa fila de carros, requisitados por toda a freguesia, e ajoujados de caixotes. Eram os famosos caixotes há um ano encalhados em Alba de Tormes, e que chegavam trazendo, para despejar a Cidade sobre a Serra. Eu pensei: «Mau! o meu pobre Jacinto teve uma recaída!» Mas os confortos mais complicados, que continha aquela caixotaria temerosa, foram, com surpresa minha, desviados para os sótãos imensos, para o pó da inutilidade: e o velho solar apenas se regalou com alguns tapetes sobre os seus soalhos, cortinas pelas janelas desabrigadas, e fundas poltronas, fundos sofás, para que os repousos, que ele imaginara, fossem mais lentos e suaves. Atribuí esta moderação a minha prima Joaninha, que amava Tormes na sua nudez rude. Ela jurou que assim o ordenara o seu Jacinto. Mas, decorridas semanas, tremi. Aparecera, vindo de Lisboa, um contramestre, com operários, e mais caixotes, para instalar um telefone! — Um telefone, em Tormes, Jacinto? O meu Príncipe explicou, com humildade: — Para casa de meu sogro!… Bem vês. Era razoável e carinhoso. O telefone porém, subtilmente, mudamente, estendeu outro longo fio, para Valverde. E Jacinto, alargando os braços, quase suplicante: — Para casa do médico. Bem. Compreendes… Era prudente. Mas, uma manhã, em Guiães, acordei aos berros da tia Vicência! Um homem chegara, misterioso, com outros, trazendo arame, para instalar na nossa casa o telefone. Calmei a tia Vicência, jurando que essa máquina nem fazia barulho, nem trazia doenças, nem atraía as trovoadas. Mas corri a Tormes. Jacinto sorriu, encolhendo os ombros: — Que queres? Em Guiães está o boticário, está o carniceiro… E, depois, estás tu! Era fraternal. Mas pensei: «Estamos perdidos! Dentro de um mê…
    --------  
    42:54
  • "A Cidade e as Serras", Capítulo XIV, de Eça de Queirós
    Capítulo XIV, em audiolivro, do romance “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós. Apoiem-nos no Patreon (https://www.patreon.com/neolivros) “A Cidade e as Serras” é um desenvolvimento do conto “Civilização”, cuja publicação em livro ocorreu em 1901, já depois da morte do autor. No romance é relatada a história de Jacinto, tendo como narrador José Fernandes, um amigo fraternal. Jacinto nasceu e viveu toda a sua vida num palácio dos Campos Elísios, em Paris. Apesar de rodeado de conhecimento, de tecnologia e de luxo, vive aborrecido e decide regressar a Tormes, na região do Douro. TRANSCRIÇÃO — XIV Ao outro dia, depois do almoço, eu e Jacinto montámos a cavalo para um grande passeio até à Flor da Malva, a saber de meu tio Adrião, e do seu furúnculo. E sentia uma curiosidade interessada, e até inquieta, de testemunhar a impressão que daria ao meu Príncipe aquela nossa prima Joaninha, que era o orgulho da nossa casa. Já nessa manhã, andando todos no jardim a escolher uma bela rosa chá para a botoeira do meu Príncipe, a tia Vicência celebrara com tanto fervor a beleza, a graça, a caridade e a doçura da sua sobrinha toda-amada, que eu protestei: — Oh! tia Vicência, olhe que esses elogios todos competem apenas à Virgem Maria! A tia Vicência está a cair em pecado de idolatria! O Jacinto depois vai encontrar uma criatura apenas humana, e tem um desapontamento tremendo! E agora, trotando pela fácil estrada de Sandofim, lembrava aquela manhã, no 202, em que Jacinto encontrara o retrato dela, no meu quarto, e lhe chamara uma lavradeirona. Com efeito, era grande e forte a Joaninha. Mas a fotografia datava do seu tempo de viço rústico, quando ela era apenas uma bela, forte e sã planta da serra. Agora entrava nos vinte e cinco, e já pensava, e sentia, — e a alma que nela se formara, afinara, amaciara, e espiritualizava o seu esplendor rubicundo. A manhã, com o céu todo purificado pela trovoada da véspera, e as terras reverdecidas e lavadas pelos chuviscos ligeiros, oferecia uma doçura luminosa, fina, fresca, em que era doce, como diz o velho Eurípides ou o velho Sófocles, mover o corpo, e deixar a alma preguiçar, sem pressa ou cuidados. A estrada não tinha sombras, mas o sol descia muito de leve, e roçava com uma carícia quase alada. O vale por baixo parecia a Jacinto (que nunca ali passara) uma pintura da Escola Francesa do século XVIII, tão graciosamente nele ondulavam as terras verdes, e com tanta paz e frescura corria o risonho Serpão, e tão afáveis e prometedores de fartura e contentamento alvejavam os casais nas verduras ligeiras. Os nossos cavalos caminhavam num passo pensativo, gozando também a paz da manhã adorável. E não sei que plantazinhas silvestres e escondidas espalhavam um delicado aroma, que eu tantas vezes sentira, naquele caminho, ao começar o Outono. — Que delicioso dia! — murmurou Jacinto. — Este caminho para a Flor da Malva é o caminho do Céu… Oh Zé Fernandes, de que é este cheirinho tão doce, tão bom… Eu sorri, com certo pensamento: — Não sei… É talvez já o cheiro do Céu! Depois, parando o cavalo, apontei com o chicote para o vale: — Olha, acolá, onde está aquela fila de olmos, e há o riacho, já são terras do tio Adrião. Tem ali um pomar, que dá os pêssegos mais deliciosos de Portugal… Hei-de pedir à prima Joaninha que te mande um cesto de pêssegos. E o doce que ela faz com esses pêssegos, menino, é alguma coisa de extraceleste. Também lhe hei-de pedir que te mande o doce. Ele ria: — Será explorar de mais a prima Joaninha. E eu (porquê?) recordei e atirei ao meu Príncipe estes dois versos de uma balada cavalheiresca, composta em Coimbra pelo meu pobre amigo Procópio: Manda-lhe um servo dizendo: «Bem hajas dona formosa!» E que lhe entregue um anel E com um anel uma rosa. Jacinto riu alegremente: — Oh! Zé Fernandes, seria excessivo, logo, por causa de meia dúzia de pêssegos, e de um boião de doce. Assim ríamos, quando apareceu, à volta da estrada, o longo muro da quinta dos Velosos, e depois a capelinha de S. José de S…
    --------  
    18:19
  • "A Cidade e as Serras", Capítulo XIII, de Eça de Queirós
    Capítulo XIII, em audiolivro, do romance “A Cidade e as Serras” de Eça de Queirós. Apoiem-nos no Patreon (https://www.patreon.com/neolivros) “A Cidade e as Serras” é um desenvolvimento do conto “Civilização”, cuja publicação em livro ocorreu em 1901, já depois da morte do autor. No romance é relatada a história de Jacinto, tendo como narrador José Fernandes, um amigo fraternal. Jacinto nasceu e viveu toda a sua vida num palácio dos Campos Elísios, em Paris. Apesar de rodeado de conhecimento, de tecnologia e de luxo, vive aborrecido e decide regressar a Tormes, na região do Douro. TRANSCRIÇÃO — XIII Ai de mim! Não se passou com brilho, nem com alegria! Quando o meu Príncipe entrou na sala, com uma elegância onde eu senti as malas de Paris (abertas na véspera) — uma rosa branca no jaquetão preto, colete branco lavrado e trespassado, copiosa gravata de seda branca, tufando e presa por uma pérola negra —, já todos os convidados enchiam a sala, — o D. Teotónio, o Ricardo Veloso, o dr. Alípio, o gordo Melo Rebelo, de Sandofim, os dois manos Albergarias, da Quinta da Loja; todos se conservavam de pé, num magote cerrado. Em torno do sofá onde a tia Vicência se instalara, um magotezinho de cadeiras reunira as senhoras, a Beatriz Veloso, com cassa branca sobre seda, que a tornava mais aérea e magra, com uma imensa trunfa de cabelo riçado, e as duas Rojões (com a tia Adelaide Rojão) vermelhinhas como rosinhas, ambas de branco, a mulher do dr. Alípio, de preto, esplêndida como uma Vénus rústica… E foi na sala, como se realmente entrasse um príncipe, desses países do Norte onde os príncipes são magníficos, muito distantes dos homens, e aterram. Um silêncio, como se o tecto de carvalho descesse, nos esmagasse: e todos os olhos se enristaram contra o meu desgraçado Jacinto, como numa caçada hindu, quando à orla da floresta surge o tigre real. Debalde, nas confusas, apressadas apresentações, com que eu o levava através da sala, — os seus apertos de mão, e sorrisos, o vago murmúrio, «da sua honra, do seu prazer», foram repassados de simpatia, de simplicidade. Todos os cavalheiros permaneciam reservados, observando o Príncipe que subira à Serra: e as senhoras mais se conchegavam à sombra da tia Vicência, como ovelhas à volta do pastor, quando na altura surge o lobo. Eu então, já inquieto, lancei o D. Teotónio, o mais ornamental daqueles cavalheiros. — O sr. D. Teotónio foi muito amável em vir, Jacinto. Raras vezes sai da sua linda casa da Abrujeira. O Digno sorriu, cofiando os espessos bigodes brancos, de velho brigadeiro: — Vossa Excelência chegou directamente de Viena? Não! Jacinto viera directamente de Paris, com o amigo Zé Fernandes. D. Teotónio insistiu: — Mas certamente visita muitas vezes Viena… Jacinto sorria surpreendido: — Viena, porquê?… Não. Há mais de quinze anos que não vou a Viena. O fidalgo murmurou um lento «Ah!» e ficou calado, de pálpebras baixas, como revolvendo análises profundas, com as mãos cruzadas sob as abas da longa sobrecasaca azul. Eu então, que vigiava, lancei o dr. Alípio: — O nosso doutor, meu caro Jacinto, é o mais poderoso influente de todo o distrito. O doutor curvou a cabeça bem feita, com um belo cabelo preto, admiravelmente alisado e lustroso — a tia Vicência, que se erguera do sofá, chamava o meu Príncipe, porque o Manuel anunciara o jantar, mudamente, mostrando apenas, à porta da sala, a sua corpulenta pessoa, muito tesa e muito vermelha. À mesa (onde os pudins, as travessas de doces de ovos, os antigos vinhos de Madeira e Porto, nas suas pesadas garrafas de cristal, fundiam com felicidade os seus tons ricos e quentes), Jacinto ficou entre a tia Vicência e uma das Rojões, a Luisinha, sua afilhada, que, por costume velho quando jantava em Guiães, sempre se colocava à sombra da sua boa madrinha; — e a sopa, que era de galinha com macarrão e arroz, foi comida num tão largo, pesado silêncio que eu, na ânsia de o quebrar, exclamei, ao acaso, sem pensar que me achava em Guiães, à minha mesa: — Está deliciosa,…
    --------  
    24:26

Más podcasts de Arte

Acerca de Audiolivros em português

Audiolivros em português de obras no domínio público. Os primeiros episódios incluem o conto “O Tesouro“ e capítulos de “A Cidade e as Serras”, ambos da autoria de Eça de Queirós.
Sitio web del podcast

Escucha Audiolivros em português, Un Libro Una Hora y muchos más podcasts de todo el mundo con la aplicación de radio.es

Descarga la app gratuita: radio.es

  • Añadir radios y podcasts a favoritos
  • Transmisión por Wi-Fi y Bluetooth
  • Carplay & Android Auto compatible
  • Muchas otras funciones de la app
Aplicaciones
Redes sociales
v7.1.1 | © 2007-2025 radio.de GmbH
Generated: 1/8/2025 - 9:14:54 AM